quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tempo pra tudo...



 
Essa semana meus 3 sobrinhos vieram passar parte das férias na casa da vó. Coincidentemente, foi uma semana lotada de trabalho. Além da jornada normal de todo mundo, ainda tinha álbum pra criar a noite em casa e casamento pro fim de semana (sou fotógrafo também). Resultado: mal curti meu trio predileto e hoje eles vão embora. Claro que bateu aquele peso na consciência... Mas não teve outro jeito.
Pra completar, lendo a Bíblia esses dias, cheguei no livro de Eclesiastes, que em seus primeiros capítulos faz meditar sobre de que vale todo esse nosso fardo de trabalhador e sobre aproveitamento da vida.

Claro que fiquei pensando como farei quando casar com a Rê ano que vem... Provavelmente terei que trabalhar ainda mais e terei 2 novas sócias no seleto clube do "quero tempo pra mim também!". E a menorzinha que me preocupa mais...

Rê já pega uma rabeira danada pra manter a tríade "casa-trabalho-família" e sempre me conta da tristeza que é quando a Madú está carente de atenção e ela não tem tempo, ou forças, ou pior, nem tempo e forças para supri-la... Deve ser fogo o sentimento de possibilidade de deixar seu filho na mão. 


 Tudo bem, seremos 2 pra dividir essa responsabilidade, mas não é simples assim, seremos 3, num primeiro momento, querendo também muito uns dos outros. E quando vier o próximo rebento? Quero nem pensar isso agora, senão gasto mais tempo que não tenho ainda, hauhauhau.
A verdade é que não quero mesmo ser um pai relapso e nem ausente. Ainda mais com a desculpa de que "abri mão de você por você".

É... Só com muita sabedoria do alto mesmo...


 


Inté o/

terça-feira, 16 de julho de 2013

"O que é pai biológico?"

 
Nesse fim de semana essa foi a bomba que a Madú soltou pra gente. Ela sabe que serei o padrasto dela, como já relatei antes, mas de novo expliquei a diferença do pai que gera e o pai que cria. Mas o receio dela ainda estava por se mostrar...
"Mãe, se vocês tiverem outro filho ele será meu irmão direito?"; hauhauhau. Acho que ela tentou dar a mesma classificação de padrasto pro irmão (que seria "meio irmão",  acredito). Aqui está o medo dela: o que ela é e terá nessa nova família que estamos formando.
Rê e eu já manifestamos várias vezes para ela que queremos ter pelo menos mais uma criança, e virou até brincadeira escolher o nome, torcer para qual sexo deveria vir, etc. , mas o fato que me preocupa é o ciúme que ela tem de mim. Por motivos mais que justificáveis, ela tem dificuldade de "me dividir" com os primos, amigos e até com a própria mãe. E deve ser fogo mesmo, pra quem cresceu até agora sem pai, a ideia de perdê-lo, mesmo que só um pouquinho.
Como a sinceridade e verdade sempre foi nossa bandeira, contei pra ela os meus receios também: "Olha Madú, esse é um assunto muito complicado pra eu conversar com você.
Eu não sei o que é ser pai biológico porque nunca o fui. O que gosto de pensar é que no máximo amarei seu irmão, ou irmã, o tanto que te amo, porque nunca amei nada na minha vida como amo você e sua mãe.”.
É muito fácil falar do que não se viveu. O que vejo sempre são pessoas mudarem completamente quando se tornam pais. É um sentimento forte demais pra ser pretensioso ao ponto de descrevê-lo ou até mesmo imaginá-lo.
Enfim, até lá, fico na teoria e torcendo pra que o que quero realmente aconteça, que eu nunca diferencie nenhum de meus filhos.
Inté o/

terça-feira, 9 de julho de 2013

Armas de precisão!




"Como flechas na mão dum homem valente, assim são os filhos da mocidade."

Um homem muito sábio escreveu essa frase, inspirado por Deus segundo dizem, e quer você acredite ou não em Deus, é um excelente pensamento. Confesso que nunca tinha dado o menor valor a ele, até porque só pode entender na sua profundidade quem tem filhos e não é o meu caso, ou melhor, não era.
Madú não é minha filha biológica, mas se tornou como se fosse. Não me peçam pra explicar o que eu mesmo não consigo entender, só posso falar isso: ela É minha filha!
E pouco me importa o que o resto do mundo ache. Deixado isso claro, continuemos o texto.
Por que flechas e não lança, que mata muito mais, ou espada que se torna ainda mais mortal na mão de um bom guerreiro? Ou um escudo? Que serve tanto pra defesa como ataque? Não. Uma flecha.
Quem já teve a experiência de atirar uma flecha com um arco sabe que acertar o alvo é difícil demais. Quanto mais longe, mais difícil. Exige disciplina, destreza, treino constante, concentração e, acima de tudo, confiança e certeza, afinal, pode ser que você só tenha uma flecha para atirar e se errar... Já era.
E com os filhos também não é assim? Criar um filho não exige o mesmo? Ter alguém que depende de você, que o observa, o imita, que tem parte de você, não te exige uma dedicação ainda maior (já que tem momentos que você pode largar o arco, mas o filho... ).
Filhos são flechas porque são armas que exigem de nós um crescimento, um amadurecimento, um aprimoramento constante. Tudo pelo simples fato que amamos essas "flechas" demais.
Isso me traz alegria demais como pai, confesso que certa tristeza como filho. Toda vez que tenho uma escolha "das boas" pela frente, a Madú vem automaticamente em minha mente, desde tomar um copo de cerveja ou soltar um palavrão, como também a uma possibilidade de traição ou coisa pior. Não vou render o assunto, mas é triste demais constatar que muitos pais não amam seus filhos o suficiente. Não o tanto que deveriam.

 
Caso você tenha escolhido, ou fez algo pra receber suas flechas, agora  é responsabilidade sua aprimorar seus talentos, papais e mamães. Fácil não é, mas só presta assim ;-) .
E então? Bora nos tornarmos cada dia melhores arqueiros para que nossas "flechinhas" sempre acertem seus alvos?
Inté o/