segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Violência na criação de filhos




Opa.

Já vou adiantar que esse texto é um desabafo contra esse bando de hippie pós moderno, que só acha um absurdo pais usarem de corretivos físicos para doutrinar seus filhos.

Concordo? Não concordo? Desculpe minha sinceridade, mas o filho é seu! Você o pôs no mundo. Você o engordou. Ele, até então, é problema seu! É muita arrogância eu vir aqui te falar que você está certo ou errado na forma que opta por discipliná-lo. Mesmo porque, você já percebeu se dá resultado ou não.

Eu apanhei demais. Demais mesmo. Mas mereci cada coça que levei. Não sou bandido, drogado, violento, retardado, enfim, sou muito bem educado. Comigo deu certo. Só posso dizer isso. Ahhh, mas será que falar, castigar, etc. não teria sido melhor? Na boa, não conheço um ser humano que fale mais que minha mãe e tentaram cortar tudo que eu curtia, mas minha imaginação era tão poderosa que até no canto virado pra parede via uma tela branca toda prontinha para uma fantástica viagem extra dimensional. Ou seja, tirei meu corpo fora mesmo desse bla bla bla.




O que quero levantar a bandeira aqui é da violência que ninguém discute, que foi a pior pra mim e vejo que é a pior pra todas as crianças que converso (sim, eu "perco meu tempo" as ouvindo), a violência da subestimação!

Não tem nada que irrite mais, entristeça, que a tire do sério, do que perceber que não são notadas, quando mentimos pra elas, quando cobramos delas coisas que não estamos nem um pouco dispostos a fazer.


Falar do doente mental que espancou o filho é fácil, mas e dos pais "perfeitos" que viram e voltam ouvem de seus filhos: " Ê mãe, nem viu direito o que desenhei, ne?" ou " eu não posso, mas você pode. Como assim?" ou pior "o senhor falou que ia comprar e agora não vai mais?" fora os "acorda pai! Eu ainda tô falando!"

Rê e eu temos percebido diariamente o quanto Madú aprende mais com nossos atos que com nossas palavras. Ela cobra de nós no melhor deslize. É uma detetive de atos. A diferença é que os errados ela aponta, mas os certos ela admira. Aprende com ambos. E não se iludam. Colocaram filhos no mundo? Parabéns! Todos ganharam perfeitos Sherlocks Holmes debaixo dos seus tetos.  Não  tem folga, nem dormindo. Falam dos seus roncos, olham o tanto que coloca comida no prato, cotovelos sobre a mesa, dedo no nariz, palavras torpes, seu humor, tudo! 
É, infelizmente não tem devolução... O problema é seu hoje e poderá ser nosso amanhã, assim também como o orgulho.


Cara, crie seu filho. Esteja com ele. Converse, dê valor, curta, ria, chore, seja o amigo dele que você queria ter pra si. De nada vai valer todas as horas, dinheiro, castigos, viagens, presentes e tudo mais se sua cria não tiver você com ele, e com QUALIDADE! E estão corretíssimos. São super espertos e inteligentes, afinal, puxaram os pais.

Com palmadas ou não, com conversas ou não, castigos, etc. dê acima de tudo o que seu filho mais quer pra ele: você!!!!

Entenderam, presentões?



Inté o/

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Projeto "Ler para escrever melhor" - Continuação [4]

Opa!

Já tem um mocado de tempo que não posto nada. O tempo não está ajudando mesmo, mas a gente faz o que pode pra dar as caras aqui, né?
Vou postar hoje as duas últimas redações que a Madú fez.
De um tempo pra cá ela anda muito ocupada com tarefas da escola e resolvi deixá-la mais livre com leituras mais descontraídas (revistas em quadrinho, etc.) e também escrevendo sobre temas como desenhos animados que ela curte, viagens que fez, férias e por aí vai, porque quero ver o grau de criatividade, interpretação de outros tipos de linguagem que não a escrita e até mesmo a desenvoltura em usar termos que não viu escrito em curto prazo.
Ela escreveu sobre 2 desenhos que curte: "Sakura Card Captor" (Japonês, da Clamp) e "Como treinar seu Dragão" (Estadosunidenses, da Dreanwork).
Em ambos eu pedi que ela tomasse o papel da protagonista, num escolhendo a carta mágica que mais gostava (o da Sakura) eis o resultado:



Como eu disse, não me preocupei em corrigir os erros de português com ela. Quero com erros mesmo para avaliar o progresso daqui a um tempo.

O outro resumo ela deveria inventar um dragão e como o tratar:





Aqui nota-se bem a criatividade dela correndo solta, com direito a medidas, detalhes e até um desenho no final.

Eu tenho apreciado bem a evolução da Madú. Tem erros sim, mas por buscar usar palavras novas que ainda não se habituou a escrever.

Estou procurando um próximo livro pra ela ler (e aceito sugestões) que tenha a ver com natureza ou mar. Aí, volto a incentiva-la a ler livros e buscar aprender as palavras corretamente em sua escrita também.

Bom, é isso por enquanto.

Inté o/



quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tempo pra tudo...



 
Essa semana meus 3 sobrinhos vieram passar parte das férias na casa da vó. Coincidentemente, foi uma semana lotada de trabalho. Além da jornada normal de todo mundo, ainda tinha álbum pra criar a noite em casa e casamento pro fim de semana (sou fotógrafo também). Resultado: mal curti meu trio predileto e hoje eles vão embora. Claro que bateu aquele peso na consciência... Mas não teve outro jeito.
Pra completar, lendo a Bíblia esses dias, cheguei no livro de Eclesiastes, que em seus primeiros capítulos faz meditar sobre de que vale todo esse nosso fardo de trabalhador e sobre aproveitamento da vida.

Claro que fiquei pensando como farei quando casar com a Rê ano que vem... Provavelmente terei que trabalhar ainda mais e terei 2 novas sócias no seleto clube do "quero tempo pra mim também!". E a menorzinha que me preocupa mais...

Rê já pega uma rabeira danada pra manter a tríade "casa-trabalho-família" e sempre me conta da tristeza que é quando a Madú está carente de atenção e ela não tem tempo, ou forças, ou pior, nem tempo e forças para supri-la... Deve ser fogo o sentimento de possibilidade de deixar seu filho na mão. 


 Tudo bem, seremos 2 pra dividir essa responsabilidade, mas não é simples assim, seremos 3, num primeiro momento, querendo também muito uns dos outros. E quando vier o próximo rebento? Quero nem pensar isso agora, senão gasto mais tempo que não tenho ainda, hauhauhau.
A verdade é que não quero mesmo ser um pai relapso e nem ausente. Ainda mais com a desculpa de que "abri mão de você por você".

É... Só com muita sabedoria do alto mesmo...


 


Inté o/

terça-feira, 16 de julho de 2013

"O que é pai biológico?"

 
Nesse fim de semana essa foi a bomba que a Madú soltou pra gente. Ela sabe que serei o padrasto dela, como já relatei antes, mas de novo expliquei a diferença do pai que gera e o pai que cria. Mas o receio dela ainda estava por se mostrar...
"Mãe, se vocês tiverem outro filho ele será meu irmão direito?"; hauhauhau. Acho que ela tentou dar a mesma classificação de padrasto pro irmão (que seria "meio irmão",  acredito). Aqui está o medo dela: o que ela é e terá nessa nova família que estamos formando.
Rê e eu já manifestamos várias vezes para ela que queremos ter pelo menos mais uma criança, e virou até brincadeira escolher o nome, torcer para qual sexo deveria vir, etc. , mas o fato que me preocupa é o ciúme que ela tem de mim. Por motivos mais que justificáveis, ela tem dificuldade de "me dividir" com os primos, amigos e até com a própria mãe. E deve ser fogo mesmo, pra quem cresceu até agora sem pai, a ideia de perdê-lo, mesmo que só um pouquinho.
Como a sinceridade e verdade sempre foi nossa bandeira, contei pra ela os meus receios também: "Olha Madú, esse é um assunto muito complicado pra eu conversar com você.
Eu não sei o que é ser pai biológico porque nunca o fui. O que gosto de pensar é que no máximo amarei seu irmão, ou irmã, o tanto que te amo, porque nunca amei nada na minha vida como amo você e sua mãe.”.
É muito fácil falar do que não se viveu. O que vejo sempre são pessoas mudarem completamente quando se tornam pais. É um sentimento forte demais pra ser pretensioso ao ponto de descrevê-lo ou até mesmo imaginá-lo.
Enfim, até lá, fico na teoria e torcendo pra que o que quero realmente aconteça, que eu nunca diferencie nenhum de meus filhos.
Inté o/

terça-feira, 9 de julho de 2013

Armas de precisão!




"Como flechas na mão dum homem valente, assim são os filhos da mocidade."

Um homem muito sábio escreveu essa frase, inspirado por Deus segundo dizem, e quer você acredite ou não em Deus, é um excelente pensamento. Confesso que nunca tinha dado o menor valor a ele, até porque só pode entender na sua profundidade quem tem filhos e não é o meu caso, ou melhor, não era.
Madú não é minha filha biológica, mas se tornou como se fosse. Não me peçam pra explicar o que eu mesmo não consigo entender, só posso falar isso: ela É minha filha!
E pouco me importa o que o resto do mundo ache. Deixado isso claro, continuemos o texto.
Por que flechas e não lança, que mata muito mais, ou espada que se torna ainda mais mortal na mão de um bom guerreiro? Ou um escudo? Que serve tanto pra defesa como ataque? Não. Uma flecha.
Quem já teve a experiência de atirar uma flecha com um arco sabe que acertar o alvo é difícil demais. Quanto mais longe, mais difícil. Exige disciplina, destreza, treino constante, concentração e, acima de tudo, confiança e certeza, afinal, pode ser que você só tenha uma flecha para atirar e se errar... Já era.
E com os filhos também não é assim? Criar um filho não exige o mesmo? Ter alguém que depende de você, que o observa, o imita, que tem parte de você, não te exige uma dedicação ainda maior (já que tem momentos que você pode largar o arco, mas o filho... ).
Filhos são flechas porque são armas que exigem de nós um crescimento, um amadurecimento, um aprimoramento constante. Tudo pelo simples fato que amamos essas "flechas" demais.
Isso me traz alegria demais como pai, confesso que certa tristeza como filho. Toda vez que tenho uma escolha "das boas" pela frente, a Madú vem automaticamente em minha mente, desde tomar um copo de cerveja ou soltar um palavrão, como também a uma possibilidade de traição ou coisa pior. Não vou render o assunto, mas é triste demais constatar que muitos pais não amam seus filhos o suficiente. Não o tanto que deveriam.

 
Caso você tenha escolhido, ou fez algo pra receber suas flechas, agora  é responsabilidade sua aprimorar seus talentos, papais e mamães. Fácil não é, mas só presta assim ;-) .
E então? Bora nos tornarmos cada dia melhores arqueiros para que nossas "flechinhas" sempre acertem seus alvos?
Inté o/

domingo, 14 de abril de 2013

As crianças e as finanças.



Opa!

Dinheiro é algo que faz parte de nossa vida. Por mais que tentemos evitar, nossos filhos percebem mais cedo ou tarde que isso nos aflige: "Nosso dinheiro vai dar pra pagar tudo?".
Acho que também faz parte da educação permitir que a criança entenda o valor que o dinheiro tem. A recompensa financeira por seu esforço e ter a "liberdade" de gastá-lo, da melhor maneira possível ou como melhor preferir. Enfim, aprender a gastar.
Pensando nisso há um bom tempo, conversei com a Rê sobre a possibilidade de dar a Madú uma mesada.
Já ocorreram casos onde ela se deprimia por rasgar uma roupa ou arrebentar um chinelo e chorar por saber que a mãe estava "apertada nas finanças" (sem nem entender direito o que isso queria dizer).
A ideia é que ela aprenda a administrar seu próprio dinheirinho e toda a responsabilidade que vem com ele.
Ela merecerá sua mesada ao executar uma tarefa pra mãe e uma pra mim. A da mãe, a Rê escolheu que "lavar o banheiro" seria a forma que ela ajudará na casa (fora o quarto dela que já é uma obrigação) e a minha foi fazer os resumos literários do nosso projeto "ler para escrever melhor".
Com isso vamos também ensiná-la o valor das coisas (tipo "isso valeria 10 vezes a sua mesada"), a ensinaremos também a economizar pra comprar algo que quer e a preservar as coisas, pois tudo tem um valor também financeiro. 
Completou as tarefas, ganha. Não completou, já era... Hauhauhau.
Esse é mais um "up" que estamos dando a nossa tigrezinha e ela está empolgadíssima com a ideia de ter "seu dinheiro", haha.

Inté o/

Projeto "Ler para escrever melhor" - Continuação [3]

Opa!

E vamos continuar nossa eterna luta na preservação do bom e velho português, bwhauahuahuahua.
Hoje estou trazendo 2 resumos da Madú, pois os peguei esse fim de semana, mas ela já tinha feito um na pascoa e outro ontem (debaixo de muita falta de paciência, hehe).
O primeiro sobre Ícaro e suas asas:

 

Na verdade, esse é um resumo passado a limpo por ela, e está meio incompleto, mas como era pascoa e tal, eu meio que deixei com os erros e incompleto, mas conversei com ela mostrando no dicionário a forma correta da grafia.

O outro foi "Eco e Narciso":




  
Esse, tadinha, foi mais complicado. A história era maior e mais complexa e ela não conseguia organizar as ideias, o que gastou uma parte "deu" lendo e esclarecendo a história com ela e outra onde a Rê sentou com ela e a ajudou a passar pro papel, isso após crises de drama e choro. Até perguntei se ela queria parar com o projeto, já que a leitura é um prazer, algo bom e não um martírio, mas ela se recompôs, disse que queria continuar e mandou ver até o final. Ficaram alguns pequenos erros, mas ela já tava estressada que bastava então deixei passar.
Conversando com a Rê, percebemos que esse livro é um pouco acima da atual capacidade de interpretação e leitura dela, apesar da referência dizer que era para sua idade, mas vamos mantê-lo, até mesmo pra dar uma "puxada" no grau de leitura dela. Não é nada que ela consiga, mas vou ser franco, o método de ensino atual que é fraco mesmo (perdoem-me os educadores, mas pelo que passei e pelo que vejo os estudantes atuais passando e o resultado de ambos, fica claro isso pra mim: esse método é mais "destrutivista" que qualquer outro nome que se queira dar).
Bom,  e claro, teve a parte boa, né? A recompensa!

 
A partir do próximo resumo, isso se tornou uma tarefa parte da "mesada" da Madú, mas isso é assunto para um outro tópico ;-).
De qualquer forma, fica claro pela sua linguagem escrita e falada que ela está progredindo e isso tem valido todo o nosso esforço (dela, da mãe e meu).

Inté o/